quinta-feira, 26 de março de 2009

lust for life.


O Peter Doherty é uma alma atormentada. Acaba de fazer 30 anos e eu o considero um sobrevivente, depois de tudo o que fez é um milagre estar vivo. É um retrato da juventude inglesa, que não conhece os limites do niilismo-hedonismo. Suas aparições nos jornais se devem mais ao seu comportamento (eu já vi o cara sair na porrada no show), envolvimento com drogas (já cumpriu pena por porte de heroína) ou relacionamento amoroso atual (já passou por Amy Winehouse e Kate Moss). O fato é que eu acho o cara um poeta, é uma das pessoas mais criativas e produtivas dos anos 00.

Dia 15, quase que como uma comemoração de seu aniversário (dia 12/03), Peter Doherty lançou seu primeiro trabalho solo, mas já é um veterano, tá acostumado à solidão no palco. Em 2008, ele tocou o ano inteiro sozinho (teve até a Santogold abrindo seus show, em London). E o álbum Grace/Wasteland têm sido recebido com entusiasmo pelos críticos. O The Guardian deu 4 estrelas. O NME também elogiou, mas lá ele é vip.


Esse é primeiro single, The last of the English Roses.

O que eu achei legal no disco foi o encontro entre Doherty e Graham Coxon, do Blur. Como o The Guardian disse, é como se ele tivesse encontrado o novo Carl Barat, rolou entrosamento. As músicas que ouvi ora soam Libertines, ora soam The Streets, com sempre com seus riffs afiados e vocais melosos. Eu ainda não conhecia essa faceta mais eletrônica mas gostei do resultado.

Depois de prisões, Kate Moss, brigas e beijos com Carl Barat e Babyshambles, o Peter tá nessa fase sóbrio, trintão. Eu que achava que ele só sabia fazer música na fossa, me surpreendi com as músicas novas.


Peter somewhere in Arcady... from nadsat orange on Vimeo.

Arcady - Peter Doherty

4 comentários:

Fernando Pellizzaro disse...

gostei do som : )

@vilmarluiz disse...

o peter gosta de ficar por baixo.

renan disse...

prefiro ele com 23 anos :D

Unknown disse...

hi hi hi
fomos no show, la la la!