segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

kino berlin.


Holocaust Tower e o Museu Judeu, é mais um memorial para lembrar os feitos cruéis do regime nacional-socialista. Esse museu tem segurança digna de aeroportos, para evitar qualquer tentativa terrorista.

Por mais de 60 anos Hollywood explorou temas, imortalizou histórias, ruminou sua vitória na Segunda Guerra Mundial. E parece nunca ter fim. São centenas de filmes sobre as vitórias, sobre as derrotas, sobre a campanha na Europa, o bombardeio ao Japão, Pearl Harbor e tudo mais. Agora, dois filmes de produção e orçamento pomposos se encontram num mesmo tema: O Leitor e Operação Valquíria. Em comum, os dois contam a história com uma repulsa ao nazismo.


O Portal de Brandemburgo é um símbolo histórico da divisão de classes na Alemanha, no arco central só era permitida a passagem da elite social alemã.

Estar em Berlim é sentir isso no cheiro da cidade, na arquitetura moderna nas áreas reconstruídas, nos monumentos, nas pixações e nos grafittis, nos sexshops de cada esquina. É se comunicar com alguma dificuldade com aquela senhora com dentes escurecidos, vendendo wurst com katchup e imaginar que, há pouco tempo atrás, ela se escondia atrás de um muro. É impossível não se identificar com esse sentimento de repulsa, é como se houvesse um certo constrangimento em ser alemão. A juventude é punkie de boutique, com seus cabelos impecavelmente desarrumados. Os idosos ainda desconfiam da sua cara, acham que você é um polonês, ainda há preconceito.


A East Side Gallery é linda, entre a estação Ostbahnhof e a ponte Oberbaum, checkpoint entre URSS e EUA na Guerra Fria (hot hot heat!).

Apesar de ter quase 800 anos, a cidade ainda guarda características de uma província. Se imaginar que da torre de TV, na Alexander Platz, dá pra se ver o final da cidade, a gente tem a sensação de poder andar a cidade toda à pé (ou com a Fat Tires, bikes maneiríssimas, que você pode alugar por apenas 7 euros). A comida pode ser roots, um yakisoba no metrô retrô, por 4 euros. Ou ainda pegar um Ice, trem que te transporta a 415 km/h para qualquer lugar do país.


Construções brownstone como essas, próximas à Postsdamer Platz, supervalorizadas hoje, na época da Christiane F. eram desvalorizadas, pela proximidade com o muro. Se hoje os berlinenses podem descansar do almoço nesse gramado, na Guerra Fria esse espaço era uma espécie de fosso, entre os muros.

Essa mistura de moderno com antigo, de metrópole com província é que te fará ter vontade de ficar por lá. As pequenas diferenças são as melhores, sem dúvida. É poder contar com a entrega de uma correspondência para qualquer canto da Europa em 24h, é poder abrir qualquer torneira e encontrar água potável no país inteiro, é comprar um ticket de metrô numa máquina e guardar no bolso, sem ninguém precisar conferir se você pagou ou não, porque não importa, não faz sentido desconfiar de você.


Arquitetura estonteante, vizinha à Potsdamer Platz.

A história contada pelos americanos não é nada. Verdade mesmo você irá ver nas pessoas, nos olhares, na traspiração dos sexshops e nas pixações.


Arte moderna, na Budapesterstrasse. Fica na rua da KaDeWe, a primeira loja de departamento da Alemanha. É como se fosse a Harrod's ou a Macys de Berlim.

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